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Pobre
bandeira que te esvais em vão por essas calçadas cheias de amargura…
Talvez
um dia me torne vítima de uma qualquer moléstia que apele aos meus brios
nacionalistas mais primários.
Se
tal mal porventura me acometer, possivelmente me encontram também por aí aos
berros, empunhando uma bandeirinha nacional, num qualquer acesso de patriotismo
bacoco.
Até
então, sinto alguma vergonha − ou será asco? − de ver certos tipos
que por aí se pavoneiam com ela na lapela.
Lá
estão eles, coitados!, apinocados sob as luzes da ribalta, nos seus inflamados discursos –
oscilantes entre o inócuo e o malévolo −, pretensamente patrióticos.
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